Marketing Olfativo no mercado brasileiro
Por Rubens Valentim
16/11/2007
Há três anos se você ouvisse o termo “marketing olfativo” com certeza a expressão de seu rosto lembraria um grande “ponto de interrogação” e mesmo sabendo exatamente o significado da palavra marketing e olfato, possivelmente você não conseguiria visualizar uma relação entre elas.
Isso porque a Biomist, empresa responsável por trazer o marketing olfativo para o Brasil, só começou de fato a criar esse segmento de mercado em 2005. Antes disso, ela apenas prestava o serviço de aromatização de ambientes, onde o objetivo principal era colocar “cheiro” em uma loja ou escritório, sem ter como foco os resultados que a aromatização poderia trazer a seus clientes.
Contudo, o fundador da empresa, Júlio Yoon, já conhecia há muito tempo o sucesso que o marketing olfativo obteve em paises da Europa e Ásia, e posteriormente deu início ao processo de evolução deste segmento aqui no Brasil.
Tal evolução só foi possível porque as empresas e agências de publicidade e marketing buscavam novos meios para se comunicar com os consumidores. Algo que fosse além dos meios comuns já utilizados na comunicação (visão e audição), começando assim, a dar mais atenção a um sentido humano pouco explorado, o olfato.
O olfato está intimamente ligado aos arquivos de memória no cérebro, o que nos permite não apenas identificar cheiros específicos, mas relacioná-los a memórias e sensações passadas, como o cheiro de giz que lembra a sala de aula.
Conhecendo o potencial que um “cheiro” possui, a Biomist desenvolveu uma técnica onde emoções e sensações passadas estão aliadas a estratégias de marketing. Nessa técnica, uma das características principais está em conhecer o cliente a ponto de poder traçar o perfil de seus consumidores e empregar o uso da fragrância com base nesses dados, além claro, de sempre considerar o perfil da marca que deseja implantar o marketing olfativo.
Assim, dependendo do segmento de cada empresa, o marketing olfativo pode alcançar diversos objetivos, tais como: aumentar as vendas e o ticket médio, desenvolver um logo olfativo, fidelizar e cativar clientes, chamar a atenção num PDV ou gôndolas, incrementar campanhas de lançamentos de produtos, etc.
Hoje também é possível aromatizar qualquer tipo de impresso, como: cartões de visita, malas-diretas, folders e até mesmo anúncios em revistas. O resultado disto é que o logo olfativo de uma empresa vai até a casa dos seus consumidores, podendo até mesmo deixar um armário, escrivaninha, carro, etc., com o cheiro da marca.
Por causa dessas inovações, ao entrar num shopping praticamente todas as grandes grifes encontram-se aromatizadas, e grande parte já possui um logo olfativo. Entre elas podemos citar a Nike Store, Vila Romana, Chilli Beans, Scala - Trifil, Bayard, entre outras. Estes foram apenas alguns exemplos do segmento varejista, contudo inúmeros consultórios, escritórios, fábricas e eventos já utilizam o marketing olfativo em suas estratégias empresarias. Sendo assim, acredito que hoje, ao você escutar o termo “marketing olfativo”, a expressão de seu rosto passará a lembrar um grande “ponto de exclamação”.
Rubens Valentim é analista de marketing da Biomist, com formação em Gerenciamento da Comunicação Empresarial e Comunicação Social – Publicidade e Propaganda
Rede sobre Marketing Olfativo e Identidade Olfativa. Reúne informação e busca ampliar a discussão sobre o tema. Olfactory Marketing Network and olfactory identity. Gathers information and seeks to expand the discussion on the topic.
terça-feira, 21 de abril de 2009
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