terça-feira, 21 de abril de 2009

Marketing olfativo começa a ser usado por empresas brasileiras

Air Berger traz técnica ao Brasil

Uma cadeia de lojas de moda praia com cheiro que remete ao mar, uma empresa com posicionamento relacionado à sustentabilidade com aroma que lembra a natureza, ou cada seção de uma megastore com fragrâncias que impulsionam a venda de seus produtos. Esses são alguns exemplos de projeto de marketing olfativo que a Air Berger traz para o Brasil.

“O olfato é responsável por 35% da memorização, a visão, por somente 5%”, conta Marcelo Ginzberg, sócio da Onig, empresa criada para trazer o conceito com exclusividade ao país. “E o uso do marketing olfativo já se provou uma ferramenta importante para a imagem e as vendas de diversos setores da indústria, de comida a tênis”, acrescenta.

“Nosso conceito é profissional, um projeto inteiro de marketing olfativo é pensado para cada situação”, explica Ginzberg. “Enviamos o projeto para a Air Berger na França que, em 10 dias, devolve uma prova de fragrância para aquele cliente”. Para elaborar cada cheiro, o laboratório dispõe de mais de 300 aromas. No local, são instalados difusores que quebram o líquido em microgotas, espalhando uniformemente a fragrância pelo ambiente.

No Brasil desde abril, a tecnologia da Air Berger já está sendo utilizada pela loja de cristais finos Baccarat, a fim de potencializar as vendas do perfume Annick Goutal, pelo Buffet La Luna, pelo Thai Spa (clínica de beleza), e por multimarcas de roupa infantil (Mariangela Blois) e de calçados (Bini), todos em São Paulo. Já há também negociações em andamento com uma grande rede de varejo, outra de moda e também com um banco.

Ao redor do mundo, a Air Berger atende grandes redes hoteleiras, como Hyatt, Mercure e Club Med, e hotéis exclusivos, como Plaza Athénée e Ritz; marcas do mercado de luxo (Swarovski, Galeries Lafayette, Hugo Boss, Max Mara); e outros clientes corporativos, como HSBC, BNP Paribas e Leroy Merlin.

Estatísticas de marketing olfativo
Um estudo encomendado pela Air Berger francesa constatou os seguintes resultados:
Varejo
O estudo foi realizado com uma amostra de 156 consumidores em uma loja com projeto de marketing olfativo. O mesmo questionário foi reaplicado na loja alguns dias depois em uma amostra similar:
*A loja aromatizada atraiu 50% mais visitantes casuais;
*A percepção do aroma aumentou em 7,7% a intenção de retornar ao estabelecimento;
* Houve um aumento de 38% nas compras por impulso.

Comparando somente os números da loja aromatizada, também é possível inferir que o marketing olfativo influenciou na decisão de compra – 38% dos consumidores que perceberam o aroma ou foram informados sobre ele acabaram comprando, contra somente 19% daqueles que não notaram o cheiro.

Hotelaria
Pra realizar a pesquisa, um lobby de hotel foi aromatizado e 160 hóspedes foram instados a dar notas de 0 a 10 para aspectos como conforto, modernidade, acolhida, amigável, descanso, bom para seu bem-estar, entre outros. Duas semanas depois, sem odor, o teste foi repetido.

As médias das notas do hotel aromatizado ficaram entre 7,9 e 8,4, nos diferentes critérios. Já no lobby sem cheiro, a pesquisa revelou pontuações médias entre 7,4 e 7,9. Ou seja, a melhor nota do hotel sem marketing olfativo atingiu somente a média mais baixa do mesmo estabelecimento com o projeto instalado.

Fonte:http://www.acontecendoaqui.com.br

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