O consumidor deixou de ser o mero cliente para se transformar em parceiro quando interage com a marca ou produto desejado. O impulso não é mais sua estratégia, e pesquisa, interatividade, percepções pessoais, entre outros, passaram a ser considerados e analisados antes da aquisição de um bem ou serviço. A neurociência trouxe estudos valiosos nesta área, e a mais recente neuroeconomia traz os contornos mercadológicos deste novo olhar sobre o consumidor do século XXI.
A busca pelo conforto ambiental das organizações - indústria, comércio, serviços e instituições - deveria fazer parte da análise dos estudos preliminares de sua formalização, sabendo que uma empresa precisa de toda a sua estrutura funcional, além da estrutural, para o melhor resultado de seu plano de negócio. Vamos ser ousados para dirigir esta capacidade de gerir este estudo para o departamento de comunicação destas organizações, visto que é a partir do entendimento das diversas linguagens que uma organização possui que será determinado o veiculo através do qual ela vai se comunicar. Temos neste caso o planejamento de comunicação que inclui o marketing como estratégia para criar os mecanismos que atendam as necessidades e exigências de seus clientes, criando o vinculo associativo à marca ou produto, e sendo capaz de desenvolver um projeto de odor corporativo.
Esta análise traria o entendimento do uso do aroma como agente atuante no nível de atenção do individuo, seja no ambiente de trabalho, estudo ou lazer. Estamos lidando com uma nova faceta do marketing denominado marketing emocional, que procura através dos aromas traduzir o estado emocional desejado no qual o individuo está inserido. Pessoas que não gostam de ambientes fechados podem ter a sensação, através dos aromas ozônicos, de sentirem-se como se estivessem em ambientes abertos, por exemplo. A ansiedade causada em uma antessala médica pode ser modificada através dos aromas florais ou marinhos. No entanto, não devemos entender a escolha de um aroma pelo crivo da intuição, a aromaterapia existe justamente para trazer à luz da ciência o estudo de plantas e vegetais, sua estrutura e composição, utilização e potencialidade de interação nos organismos vivos. A criação deste "odotipo" demanda vários passos entre a pesquisa e o produto final, até chegar ao que melhor traduz a identidade da organização.
Constantemente novos desafios surgem através das necessidades criadas por este novo consumidor, que está mais exigente e criterioso em relação ao produto/marca; valorizando o seu bem estar e qualidade de vida; e buscando o diferencial criativo. Levando em conta que o sentido da olfação tem sido nas ultimas décadas um novo despertar na sociedade humana; mesmo sendo considerado o mais primitivo dos cinco sentidos, podemos deduzir que este novo campo de percepção tem reaproximado o homem dos demais reinos da natureza; uma simbiose fortuita já que a busca pela sustentabilidade, preservação da natureza e do planeta tem sido o mote deste milênio.
Carecemos de literatura que trate o marketing olfativo no cenário das organizações e, consequentemente, seus benefícios; sua importância como agente de comunicação com o cliente, e como a mais nova arma de comunicação mercadológica. Como agente complementar dentre as técnica de marketing, tem ampliado o campo de estudo em outras áreas como o da neurociência, e como citamos a mais nova delas: a neuroeconomia.
Aroma Essencial
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