… está virando mania. Trata-se do marketing olfativo, uma estratégia que visa dar identidade à marca e conquistar a fidelidade do cliente pelo cheiro.
O aroma irresistível que sai dos pontos de venda da Kopenhagen não vem dos produtos. É obra da Biomist, empresa especializada no desenvolvimento de fragrâncias. Desde sua inauguração, em 2000, a Biomist já formou uma carteira com 1.200 clientes, que inclui nomes como Santander, Bayard, Toyota, Levi´s e LG. Em 5 anos, a empresa já faturou R$ 1 milhão, mantendo crescimento anual de 60% ao ano.
O autor da idéia é Julio Yoon, um ex-funcionário da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Coréia. Ele chegou ao Brasil em meados dos anos 90, gostou do País, achou a economia promissora e, quando a Coréia o chamou de volta, resolveu ficar. Mas era preciso arrumar algo para fazer. Entre as opções, pensou em produzir embalagens para salgadinhos, ‘que são muito ruins no Brasil’, ou colete à prova de bala, outro ramo promissor. Mas se encantou mesmo com o marketing olfativo. ‘A idéia surgiu de uma conversa com um amigo que trabalha na Samsung. Ele me disse que a sede da empresa na Coréia era aromatizada’, conta Yoon. Entusiasmado com a novidade, o coreano estudou empresas do gênero nos EUA, em Londres e Nova York. Em seguida, fez parcerias com casas de fragrâncias internacionais, como Firmenich, Belmay e Biointer, que atendem a grandes grifes como Calvin Klein, Dior e Hugo Boss. ‘Nosso papel é ligar o aroma à marca’, diz Yoon.
O resultado vem da escolha do cheiro certo. Ele lembra que um de seus clientes, a rede de materiais esportivos Bayard, usou em suas lojas uma fragrância de pêssego para inspirar os clientes no Dia dos Namorados. ‘Não deu certo, eles perderam o foco do negócio. O aroma não tinha relação com o mundo do esporte’, explica o dono da Biomist. Os parceiros voltaram ao trabalho de pesquisa até chegar à formula certa. Decidiram desenvolver um aroma que remetesse ao Parque do Ibirapuera. Para quem não é de São Paulo, cabe a explicação. Esse é o principal parque da cidade, onde muitos paulistanos fazem exercícios diariamente, justamente a clientela da Bayard. Bingo! A fragrância com cheiro de natureza encheu as lojas Bayard. Já para o banco Santander, foi encomendado um aroma de lavanda para acalmar os profissionais da ‘mesa de operações’.
A Biomist vende pacotes anuais, em 2 versões. Para ambientes menores, de até 400 m2, é instalado um equipamento onde é colocada a fragrância. Para locais mais amplos, o aroma é colocado no ar-condicionado central. O custo varia de R$ 780 a R$ 4.800,00, dependendo do número de trocas e do tipo de equipamento. Se depender de uma pesquisa realizada pela Smell and Taste Tratament and Reserch Foundation, entidade americana que estuda a influência dos cheiros e do humor no comportamento das pessoas, passar perfume na marca dá resultado. Numa experiência feita no Cassino do Hotel Hilton, de Las Vegas, as apostas cresceram 45,1% durante os 3 fins de semana em que o ambiente foi aromatizado com notas que estimulam a confiança. Nada mal.
Fonte: http://brasil.business-opportunities.biz
Rede sobre Marketing Olfativo e Identidade Olfativa. Reúne informação e busca ampliar a discussão sobre o tema. Olfactory Marketing Network and olfactory identity. Gathers information and seeks to expand the discussion on the topic.
domingo, 24 de maio de 2009
Indústria Do Cheiro: Marketing Olfativo Dá Resultado
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