segunda-feira, 24 de maio de 2010

Homenagem ao "Dia do Café"

As duas fases dos aromas.

Um exame olfativo completo tem duas fases. A primeira, quando o expresso está a uma temperatura a volta de 80 °C.

Mistura-se o café, para que a capa de creme não impeça a difusão do perfume no ar, e depois chega-se o nariz á chávena com delicadeza, sem a girar.

Faz-se uma intensa inspiração de poucos segundos, e da superfície do café o vapor chega às fossas nasais um conjunto de notas aromáticas, que há que reconhecer uma por uma, como se faz com o vinho. São aromas frescos e ligeiros: flores, hortaliças, frutas, do jasmim á amêndoa.

Junto aos sentidos, entra em jogo a memória: os aromas reconhecem-se por analogia com o que já se viveu e aprendeu anteriormente.

É um exercício agradável e difícil, no qual cada vez se adquire uma nova sensibilidade: os aromas do café são compostos por aproximadamente 700 componentes químicos e as combinações possíveis são infinitas. O que se procura e se satisfaz é sem dúvida uma sensação de finura, de limpeza e equilíbrio entre a variedade dos aromas, e entre estes e a nota torrada correcta, que não extingue nem encobre os aromas.

A segunda fase de aromas chega depois da degustação. Com a boca ligeiramente aberta para expirar o ar, a percepção retro nasal devolve novos aromas, mais intensos e, em conjunto, muito agradáveis: manteiga, pão recém-saído do forno, massa folhada e chocolate. É o que na linguagem de cada dia se denomina “sabor”, o que permanece muito depois de ter bebido um espresso excelente.



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Essência e Evanescência

Essência e Evanescência
Por Carlos Vogt

Quando, os olhos cerrados, numa noite de outono,
respiro fundo o cheiro ardente dos teus seios cheirosos,
descortino ao longe litorais radiosos
que seduzem o brilho de um sol monótono.

Uma ilha preguiçosa onde a natureza em sono
de estranhas árvores e frutos saborosos
abriga homens fortes, esguios, vigorosos,
e mulheres de olhar sincero, desafiante e franco.

Guiado por teu perfume que ao perseguir alastro,
vejo um porto pleno de ondulações de mastros
ainda exaustos da confrontação marinha,

enquanto o aroma dos verdes tamarineiros,
que no ar circula, invade a vida minha,
mistura-se na alma com a voz dos marinheiros.

Charles Baudelaire (tradução: Carlos Vogt)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sobre o povo Ongee.

The Ongee people of the Little Andaman Island in the Bay of Bengal live in a world structured by the sense of smell. Odor is the vital force in their universe and forms the core of their identity. The primary focus of Ongee culture is to maintain a state of olfactory equilibrium within its members and within the cosmos. The Ongees even paint their skin, sealing in their scents in order to maintain energy. (by KJ Baysa, M.D.)

O povo Ongee, natural das Ilhas Andamão,na baía de Bengala vivem em um mundo estruturado pelo sentido do olfato. Odor é a força vital em seu universo e forma o núcleo da sua identidade. O foco principal da cultura Ongee é manter um estado de equilíbrio olfativo entre os seus membros e o cosmos. O foco é manter a energia através da pintura na pele com as sensações aromaticas.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Feromônios em frascos.

A palavra feromônio foi cunhada pelos cientistas Peter Karlson e Adolf Butenandt por volta de 1959 a partir do grego antigo féro "transportar" e órmon, particípio presente de órmao "excitar". Portanto, o termo já indica que se tratam de substâncias que provocam excitação ou estímulo.(Wikipedia)

Está circulando pela net, um vídeo sobre um perfume em que a fragrância é obtida a partir de odores vaginais, incrível, não?! O perfume produzido na Alemanha, cujo nome é Vulva, ao contrário do que se está comentando, não deverá ter uma fragrância desagradável.

E como eu sei? Vejam, por exemplo, o almíscar, componente de muitos perfumes, foi originalmente obtido da glândula do ‘testículo’ do cervo-almiscarado, a substância extraída possui forte odor, que in natura, é desagradável, mas que após os processos químicos pelos quais é submetida, resulta no aroma agradável que confere a incontáveis perfumes.

Fonte: Publicado em 03 abril 2010 por Renata Fraia em: http://www.dasmariasblog.pop.com.br/categoria/sex-hacks

Sobre marcas olfativas e a Propriedade Industrial

"Em vários países, como Estados Unidos, Austrália e França, as chamadas marcas olfativas são registráveis
porque suas leis possuem uma definição de marca bastante ampla e flexível, que comporta não só as marcas
tradicionais, que normalmente conhecemos, mas também essas formas não-convencionais."

Leia o texto na integra.
Fonte:Sandra Leis-Advogada e agente de propriedade industrial de Dannemann, Siemsen,Bigler&Jpanema