Não é de hoje que vender perfume no Brasil é um bom negócio. Desde 2010, o País é líder mundial em gastos no setor, que vem registrando faturamento anual na casa dos US$ 6 bilhões. Boa parte desse montante é abocanhada pelas grandes casas de perfumaria nacionais e internacionais que investem pesadamente em divulgação, distribuição e industrialização da produção. Mas ter o perfume da moda também tem suas desvantagens. É cada vez mais comum encontrar consumidores que se desencantam com o aroma que escolheram depois de descobrir que um colega de trabalho, um conhecido de academia ou até um familiar são adeptos da mesma fragrância. “Sempre quis ter um cheiro único, só meu”, admite a paulistana Louângela Bianchini Costa, profissional do mercado financeiro. As perfumarias estão começando a entender o recado.
Hoje Louângela usa os aromas da perfumaria italiana Santa Maria Novella, que há mais de 400 anos produz suas fragrâncias de forma artesanal e em escala reduzidíssima. “Temos em linha produtos autorais que não seguem a moda ou tendências de mercado”, afirma Rodrigo Mascaretti, que trouxe a marca para o Brasil. Os cheiros, apesar de centenários, são únicos e se encaixam em uma divisão do mercado de fragrâncias em franca ascensão, o da perfumaria de nicho. Gigantes do ramo, como a Chanel, já investem no segmento. A marca retomou 13 aromas inspirados na fundadora da grife para criar uma linha produzida em escala ínfima batizada de “Chanel Les Exclusifs”. Cada frasco de 75 ml sai por R$ 496, valor pago com prazer por quem quer reduzir as chances de encontrar alguém circulando por aí com a mesma fragrância.
Fonte: Isto É
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