segunda-feira, 25 de maio de 2009

DADOS ATUALIZADOS EM VENDAS DIRETAS

Setor de vendas diretas fecha 2008 longe da crise
Com o crescimento nominal de 14,1% setor movimentou R$ 18,5 bilhões no ano

Os efeitos da crise econômica não foram sentidos no mercado de vendas diretas. É o que revela o balanço anual da Associação Brasileira de Vendas Diretas (ABEVD), confirmando a expectativa do mercado por pouca repercussão da crise no setor. De outubro a dezembro de 2008, o setor obteve crescimento real de 8,7%, movimentando R$ 5,5 bilhões.
O setor encerra o ano com um contingente de 2 milhões de revendedores ativos pelo Brasil, superando em 7,2% a marca obtida há um ano. Essa expansão do canal paralela ao aumento da venda média de cada revendedor em 6,4% são apontados como os principais fatores a alavancar o resultado do setor.
No último trimestre de 2008, foram comercializados 444 milhões de itens, incluindo produtos e serviços, sendo este um resultado 12,5% superior a igual período do ano anterior. A ABEVD observa ainda a elevação do tamanho da cesta em itens de cada revendedor o que é um excelente resultado para os milhares de revendedores que entraram no setor em 2008. Nos últimos 12 meses, foram vendidos mais de 1,5 bilhão de itens, um crescimento de 11,3%.
A acentuada desaceleração da atividade econômica do País contrasta com o crescimento do setor de vendas direta. De acordo com o IBGE, as vendas do comércio no País no quarto trimestre de 2008 apresentaram retração de 2,3% na comparação com o terceiro. Do outro lado, o balanço anual da ABEVD mostra que o faturamento bruto do setor cresceu mais de 12% no quarto trimestre, se comparado com o terceiro.
Segundo Lírio Cipriani, presidente da ABEVD, o setor tende a ser poupado pela crise no curto e no médio prazo. "Estamos ansiosos para ver os números do 1º trimestre de 2009, mas as vendas diretas não apresentam sinais de impacto diante da crise financeira mundial, talvez pelo fato de não operarmos com base no crédito", analisa Lírio.
Em outubro, na cerimônia de posse de Andréa Jung como nova presidente da Federação Mundial de Associações de Vendas Diretas, a executiva encorajou as empresas a encararem a crise como uma oportunidade, uma vez que mais pessoas tendem a buscar alternativas de renda e, como sabido, as vendas diretas são comumente utilizadas nesse sentido, graças à flexibilidade e à autonomia características do negócio.



Fonte: www.abevd.org.br.

domingo, 24 de maio de 2009

Indústria Do Cheiro: Marketing Olfativo Dá Resultado

… está virando mania. Trata-se do marketing olfativo, uma estratégia que visa dar identidade à marca e conquistar a fidelidade do cliente pelo cheiro.

O aroma irresistível que sai dos pontos de venda da Kopenhagen não vem dos produtos. É obra da Biomist, empresa especializada no desenvolvimento de fragrâncias. Desde sua inauguração, em 2000, a Biomist já formou uma carteira com 1.200 clientes, que inclui nomes como Santander, Bayard, Toyota, Levi´s e LG. Em 5 anos, a empresa já faturou R$ 1 milhão, mantendo crescimento anual de 60% ao ano.

O autor da idéia é Julio Yoon, um ex-funcionário da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Coréia. Ele chegou ao Brasil em meados dos anos 90, gostou do País, achou a economia promissora e, quando a Coréia o chamou de volta, resolveu ficar. Mas era preciso arrumar algo para fazer. Entre as opções, pensou em produzir embalagens para salgadinhos, ‘que são muito ruins no Brasil’, ou colete à prova de bala, outro ramo promissor. Mas se encantou mesmo com o marketing olfativo. ‘A idéia surgiu de uma conversa com um amigo que trabalha na Samsung. Ele me disse que a sede da empresa na Coréia era aromatizada’, conta Yoon. Entusiasmado com a novidade, o coreano estudou empresas do gênero nos EUA, em Londres e Nova York. Em seguida, fez parcerias com casas de fragrâncias internacionais, como Firmenich, Belmay e Biointer, que atendem a grandes grifes como Calvin Klein, Dior e Hugo Boss. ‘Nosso papel é ligar o aroma à marca’, diz Yoon.

O resultado vem da escolha do cheiro certo. Ele lembra que um de seus clientes, a rede de materiais esportivos Bayard, usou em suas lojas uma fragrância de pêssego para inspirar os clientes no Dia dos Namorados. ‘Não deu certo, eles perderam o foco do negócio. O aroma não tinha relação com o mundo do esporte’, explica o dono da Biomist. Os parceiros voltaram ao trabalho de pesquisa até chegar à formula certa. Decidiram desenvolver um aroma que remetesse ao Parque do Ibirapuera. Para quem não é de São Paulo, cabe a explicação. Esse é o principal parque da cidade, onde muitos paulistanos fazem exercícios diariamente, justamente a clientela da Bayard. Bingo! A fragrância com cheiro de natureza encheu as lojas Bayard. Já para o banco Santander, foi encomendado um aroma de lavanda para acalmar os profissionais da ‘mesa de operações’.

A Biomist vende pacotes anuais, em 2 versões. Para ambientes menores, de até 400 m2, é instalado um equipamento onde é colocada a fragrância. Para locais mais amplos, o aroma é colocado no ar-condicionado central. O custo varia de R$ 780 a R$ 4.800,00, dependendo do número de trocas e do tipo de equipamento. Se depender de uma pesquisa realizada pela Smell and Taste Tratament and Reserch Foundation, entidade americana que estuda a influência dos cheiros e do humor no comportamento das pessoas, passar perfume na marca dá resultado. Numa experiência feita no Cassino do Hotel Hilton, de Las Vegas, as apostas cresceram 45,1% durante os 3 fins de semana em que o ambiente foi aromatizado com notas que estimulam a confiança. Nada mal.

Fonte: http://brasil.business-opportunities.biz

sábado, 16 de maio de 2009

PANORAMA DO SETOR- Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

Vamos acrescentar alguns artigos analisando e fazendo um balanço sobre os setores de higiene pessoal, perfumaria e cósmeticos.Estas pesquisas vem complementar e acrescentar informações importantes para um setor que usa o aroma como um dos pontos, senão o ponto mais forte, de marca - mesmo que a abrangencia seja de anos anteriores, pois poemos fazer comparativos com os dados atuais. A fonte é citada no final dos artigos.

EVOLUÇÃO

A Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos apresentou um crescimento médio deflacionado composto de 8,2% nos últimos 5 anos, tendo passado de um faturamento líquido de impostos sobre vendas de R$ 6,6 bilhões em 1999 para R$ 13,1 bilhões em 2004. O pequeno crescimento do faturamento em dólares, US$ 4,5 bilhões em 2004 versus US$ 4,1 bilhões em 2000, reflete a maxi desvalorização ocorrida em 1999, em 2001 (principalmente em setembro e outubro) e em 2002 (no segundo semestre), sendo parcialmente compensada pela apreciação do Real em 2004:



Vários fatores têm contribuído para este excelente crescimento do Setor, dentre os quais destacamos:

• Participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho:

• A utilização de tecnologia de ponta e o conseqüente aumento da produtividade, favorecendo os
preços praticados pelo setor, que tem aumentos menores do que os índices de preços da
economia em geral;

• Lançamentos constantes de novos produtos atendendo cada vez mais às necessidades do mercado;

• Aumento da expectativa de vida, o que traz a necessidade de conservar uma impressão de juventude..


CRESCIMENTO DO SETOR vs CRESCIMENTO DA ECONOMIA

O País apresentou índices baixos de crescimento entre 2001 e 2003. O quadro abaixo compara a evolução do Produto Interno Bruto, com a da indústria em geral e com os índices da Indústria de Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, demonstrando que nosso setor apresentou, neste período, crescimento bem mais vigoroso que o restante da indústria (8,2% de crescimento médio no setor contra 2,6% do PIB Total e 2,4% da Indústria Geral):



COMPARATIVO DE ÍNDICES DE PREÇOS

Com exceção de 2003, os produtos do setor apresentaram índices de preços inferiores aos indicadores gerais de preços. Nos últimos cinco anos em dólar, o índice geral de preços ao consumidor apresentou uma queda de 24,1% em produtos de Higiene e de 13,1% em produtos de Beleza, versus um aumento de 14,8% no índice geral de preços e uma redução de 12,0% no índice de preços ao consumidor, indicando o aumento de competitividade da Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.



COMÉRCIO EXTERIOR

Até 1994, o país manteve superávits em sua Balança Comercial entre 10 e 15 bilhões de dólares. Entre 1995 e 1998, com o advento do Plano Real e a utilização do câmbio como âncora principal para a estabilização da moeda, a Balança Comercial Brasileira apresentou déficits entre 3 e 7 bilhões de dólares. A partir de 1999, com a introdução do câmbio flutuante, observou-se forte desvalorização do real e o déficit foi reduzido para 1,2 e 0,7 bilhão de dólares no ano seguinte. Em 2001, o real foi novamente desvalorizado, principalmente devido à crise econômica na Argentina, provocando um superávit de US$ 2,6 bilhões. Seguiu-se em 2002 outra forte depreciação do Real incrementando o superávit para US$ 13,1 bilhões, em 2003 o superávit foi de US$ 24,8 bilhões. Em 2004, apesar da recuperação das importações, novo salto foi verificado no superávit de US$ 33,7 bilhões.



O quadro abaixo mostra a balança comercial dos produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos nos últimos cinco anos, demonstrando um crescimento acumulado de 97,5% nas exportações entre 2000 e 2004, enquanto que as importações diminuíram 24,1% no mesmo período. O déficit comercial do setor, que atingiu US$ 163,1 milhões em 1997, foi sendo reduzido nos anos seguintes, atingindo US$ 8 milhões em 2001 e, a partir de 2002, revertido para resultados superavitários. Em 2004, o superávit atingiu US$ 175,1 milhões, um crescimento de 87% sobre 2003.



Por grupo de produtos, as exportações brasileiras de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos,apresentaram a seguinte composição em 2004:



A América do Sul tem sido o principal mercado brasileiro para os produtos do Setor, porém, dada a conquista de mercados não tradicionais, a participação das exportações para os países Sul-Americanos vem se reduzindo nos últimos anos. Vale ressaltar que, até 2000, essa participação era superior a 70%.



PERFIL EMPRESARIAL

Existem no Brasil 1.258 empresas atuando no mercado de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, sendo que 16 empresas de grande porte, com faturamento líquido de impostos acima dos R$ 100 milhões, representam 72,4% do faturamento total. As empresas estão distribuídas por região/estado da seguinte forma:



MERCADO BRASILEIRO

Em relação ao mercado mundial de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, conforme dados do Euromonitor de 2004, o Brasil ocupa a sexta posição. É o terceiro mercado mundial em produtos infantis, para cabelo e desodorantes; o quarto em perfumaria; o sexto em produtos masculinos; o oitavo em higiene oral; o nono em produtos para o banho e cremes e loções para a pele e o décimo em maquilagem.


CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

Os produtos do setor são distribuídos através de três canais básicos:

• distribuição tradicional, incluindo o atacado e as lojas de varejo

• venda direta, evolução do conceito de vendas domiciliares

• franquia, lojas especializadas e personalizadas.


EMPREGO

Sob o aspecto de emprego, o setor também apresentou resultados importantes, quando comparado com os demais setores. No estado de São Paulo, conforme dados da FIESP, Federação das Indústrias de São Paulo, considerando o índice 100 para o nível de emprego em Junho/94, nosso setor apresentou em dezembro de 2004 índice de 122,08 – o melhor desempenho entre os 47 setores analisados - versus índice de 73,46 para a média geral da indústria paulista.

As oportunidades de trabalho criadas pelo setor, comparadas com o ano de 1994 são:.



Fonte:http://www.freedom.inf.br:80/artigos_tecnicos/13092005/panorama.asp

Versão em inglês: http://www.freedom.inf.br/artigos_tecnicos/13092005/panorama_ingles.asp

segunda-feira, 11 de maio de 2009

MUSEU DO PERFUME

Conheça o Museu Del Perfum , em Barcelona.O museu foi criado em 1963 e para além da história do próprio perfume faz o acompanhamento da evolução histórica e geográfica dos frascos dos perfumes, ajudando os visitantes a viajar através do percurso das fragrâncias.

Site: http://www.museodelperfume.com

MARKETING OLFATIVO

Marketing Olfativo é uma ferramenta que chegou forte no mercado de varejo, ligado a empresas voltadas para aromatização de ambientes comerciais e residenciais, spas e clinicas de terapias alternativas, alimentícios, impressos, entre outros.Técnica ainda recente e pouco usada no país está se tornando através das novas tecnologias uma realidade no varejo. Trabalha o estímulo do consumo através do centro das emoções (Sistema Límbico) e visa aproximar cliente x marca com apelos institucionais e de identidade olfativa, criando um vinculo de sinergia e empatia com o produto ou empresa. Na área alimentícia,os investimentos em pesquisas demonstram um crescimento de 5% ao ano.
Quando falamos de marca, focamos nossa estratégia no conceito de “marca forte”. A ousadia empreendida tanto por grandes quanto pequenas empresas é que determina e estabelece clientes cativos. Não importa o tamanho da empresa, entender e atender as expectativas do nicho de mercado em que atuam gera fidelização.O primeiro passo com a adoção de uma estratégia de marketing eficaz gera competitividade, preferência do público-alvo e lucro.
O Marketing Olfativo é uma ferramenta que hoje, com uma margem de atuação em torno de 40% do mercado, gera retorno eficaz e rápido, pois trabalha com a emoção e expectativa do público-alvo.

O aroma é um dos componentes que ainda tem um estudo restrito nos ambientes comerciais, mesmo com o interesse de alguns setores que confia neste recurso para atrair clientes. A aromatização ambiental é diferente do perfume dos objetos,pois este é criado para ser a impressão da marca. Em função dos poucos estudos nesta área, as referencias baseiam-se no âmbito da psicologia e da conduta do consumidor , que apontando o aroma como uma característica física do local ou do produto, interfere de modo significativo na permanência ou não do consumidor no local. (Bitner, 1992; Gulas y Bloch, 1995). Os estudiosos do setor baseiam suas analises em três diferentes aspectos: a qualidade do odor (agradável/desagradável), a qualidade do estimulo para provocar respostas e a intensidade (suave/forte).

A analise afetiva tem sido dominante nas investigações, pois abrange as reações mais significativas de rejeição ou aceitação dentro do objetivo proposto. (Levin y McBurney,1986; Takagi, 1989). Os estudos apontam como comprovação dos resultados analisados os registros eletroencéfalograficos e os padrões respiratórios que apontariam em que medida os odores podem afetar os níveis de excitação fisiológica. As dimensões de intensidade se relacionam com reações mais negativas, pois quanto mais intensas mais rejeições foram comprovadas. (Richardson y Zucco,1989). Outros pontos são relevantes nestes estudos, levando-se em consideração que estudos ambientais são em menor escala.

A maior parcela dos estudos tem direcionamentos para os efeitos diretos em pessoas (Baron,1983),produtos (Bone y Jantrania,1992) ou anúncios(Ellen y Bone, 1993). No campo da psicologia se observou que o perfume dos ambientes melhora a avaliação das pessoas observadas, tornando os ambientes mais agradáveis e gerando mais negócios e interação cliente e produto. A qualidade desta relação gera a fidelização , temos cases de sucesso nesta área. O ponto crucial vem do esgotamento ou banalização do perfume, o traria uma reação de “enjôo” pelo odor e este é um ponto também pouco estudada.

A saturação , o período de renovação dentro da mesma nota do aroma que propiciasse uma continuidade do aroma sem que ele perdesse as características ou sua personalidade. Foi comprovado que o retorno de consumidores a locais com aromas agradáveis foi maior que locais sem nenhum aroma. As observações sob o ponto de vista do estabelecimento também diferem para mais modernos, sofisticados, mais organizados, com produtos de melhor qualidade.

A relação entre permanência no estabelecimento e compras efetivas também foram significativas, mesmo que em alguns estabelecimentos está relação não tenha sido comprovada efetivamente.Os estudos também apontam para os resultados nas relações interpessoais (Rotton et al (1978), os estados de humor (Baron, 1990; Ehrlichman y Bastones,1992; Knasko, 1992), os processos cognitivos (Knasko, Gilbert y Sabini, 1990;Lawless, 1991) e a criatividade (Ehrlichmany Bastones, 1992; Knasko, 1992).

“Tese defendida por Leila Nery Souza Triska, na área de Engenharia de Produção, pela Universidade de Santa Catarina, tratou do assunto no ambiente e trabalho avaliando” os odores agradáveis relacionados aos óleos essenciais como possíveis agentes positivos modificadores no comportamento”. Dos cinco casos estudados, 4 tiveram alterações .

Os cinco casos foram definidos aleatoriamente e cada sujeito instruído nos procedimentos. Os óleos essenciais escolhidos de acordo com cada caso e perfil do sujeito, o processo se eu por via inalatória e por um período de seis semanas.

A cada semana foi feita uma avaliação do procedimento, a partir dos relatos coletados. Os pesquisados tiveram total liberdade para falar sobre os eventos ocorridos durante o processo de observação e os parâmetros considerados para efeito de acompanhamentos foram: a qualidade do sono, o estado de humor, a concentração, o equilíbrio emocional geral, o equilíbrio físico geral, a criatividade e a auto-estima.

As considerações finais abrem um leque para uma avaliação mais aprofundada entre individuo em relação ao seu ambiente e sua interação com a realidade via universo aolfativo. Dentro dos resultados positivos do trabalho, ainda ficam margens para uma área ainda pouco pesquisada no que se refere à interação individuo ambiente de trabalho. Fatores como condições do ambiente de trabalho, tanto internos quanto os externos.

A tese fecha com a seguinte observação: ‘A melhora da qualidade de vida, a proposta de uma maior condição de prazer, além da redução no impacto de situações de stress no cotidiano, são elementos desejados na atual condição humana. A simplicidade de um odor natural de plantas ode suavizar a mente e capacitar o cérebro a se auto-regular por si mesmo.?”“

Fonte: Cybele Fiorotti

IDENTIDADE OLFATIVA / MEMÓRIA OLFATIVA

Em 2002,a Cidade das Ciências e da Indústria de La Villete, em Paris, organizou uma exposição multimídia e sensorial no qual o visitante se torna o próprio agente da mostra.
Através de uma experiência sensorial o visitante passava por um teste que media a importância da memória olfativa e gustativa, confrontando as experiências pessoais aos últimos progressos científicos. O que antes era considerado apenas uma imaginação literária “Síndrome de Proust” *, é hoje, cientificamente comprovado: o olfato intervém de forma significativa na memória autobiográfica; a memória olfativa seria, inclusive o último estágio de proteção da memória.
O visitante tem a oportunidade de entender como seu cérebro estrutura seu pensamento, sua memória e sua identidade. É remetido ao “patrimônio cerebral”, ou seja, levá-lo a evidenciar as relações entre o cérebro e o contexto sensorial afetivo e cultural.
Sabemos hoje que as empresas massificam suas campanhas publicitárias, nos principais meios de comunicação, explorando apenas os sentidos da visão e audição (TV, Rádio, Jornais, Revistas, Outdoor's, Internet, etc.); como também apelam para a publicidade visual nos pontos-de-venda (Cartazes, Banner's, etc.). Porém, o olfato é o sentido mais sensível que possuímos,e o menos explorado pelo marketing.

Visando suprir esta lacuna, americanos e europeus – no final da década de 80 - preocuparam-se em dar mais atenção ao olfato de seus clientes em seus planejamentos de marketing. Passaram a incorporar aos seus produtos aromas agradáveis que pudessem tocar a sensibilidade do consumidor. Visto o êxito alcançado com tal campanha, passaram a adotar - em meados da década de 90 - esta estratégia de aromatização aos ambientes do ponto-de-venda, vinculando produtos e imagem da empresa ao aroma presente no local. Assim surgiu o que chamamos de Marketing Olfativo.

Ainda a muito que se desenvolver e aprimorar no Marketing Olfativo. Porém, algumas poucas empresas especializadas já deram o ponta-pé inicial e hoje conseguem realizar ótimos trabalhos de inovação e diferenciação para seus clientes. Nota-se que no Brasil o Marketing Olfativo está em franca expansão; já na Europa e EUA, se caracteriza como uma tendência varejista, onde dificilmente encontramos um comércio que não possua um sistema de aromatização em suas dependências.

Hoje, o Marketing está na era do relacionamento, e a palavra-chave é personalização. As grandes redes de lojas de cosméticos americanas e européias utilizam no interior de suas lojas aparelhos capazes de transmitir aos clientes transeuntes as fragrâncias de seus produtos, atraindo-os assim pelo olfato para o interior da loja. Os sistemas de aromatização de ambientes também são muito utilizados em feiras e eventos, geralmente em lançamentos de novas linhas de produtos.
A tendência mundial, nos próximos anos, é que todos os ramos de negócios adotem esta ferramenta de Marketing. Trata-se de uma inovação barata que, além de valorizar e personalizar a marca, cria um diferencial na empresa.
Fonte: Cybele Fiorotti

O PAPEL DO AROMA NO COTIDIANO

Há 100 anos seria pouco provável que um cientista ou médico aceitasse as praticas alternativas como funcionais. Hoje, no entanto, já é dado credito a boa parte das técnicas empregadas e reconhecidas como tal. Da acunpultura a meditação, passando por outras técnicas , já estão dentro da realidade do dia a dia de muitas pessoas.
A Aromaterapia, aceita dentro da medicina complementar é um dos recursos aceitos pelos meios médicos.O que nos leva a uma área ainda pouco sensível a este recurso e que hoje já abre um espaço relevante e significativo: o coorporativo. O estabelecimento em 2002, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de estratégias para avaliação e regulação da medicina tradicional, que incluem a criação de bases de segurança, eficácia e qualidade de produtos e técnicas terapêuticas dessa linha, veio a dar uma importante contribuição e um aval de peso ao setor.
Vivemos em uma sociedade sobrecarregada de apelos visuais, excesso de informação, pressões sociais, poluição do ar, da água e dos alimentos. O que dizer a uma pessoa que quer levar uma vida urbana saudável? O grande desafio está , justamente, na melhora da qualidade de vida aliada a atitudes que, no dia a dia, trarão equilíbrio e bem estar à saúde geral do individuo.
A Aromaterapia, através dos Óleos Essenciais tem sido um recurso de apoio na recuperação da saúde física e emocional, comprovando uma citação de Eclesiástico (38:4) – “Da terra o Senhor criou os símplices, o homem sensato não os menospreza.” Neste ponto não há processos puramente intuitivos, mas estudos e pesquisas que dão aval a todos os procedimentos aplicados através dos diversos processos desenvolvidos dentro da Aromaterapia.
“Há mais fé na dúvida honesta que em todos os seus credos”.
A.L. Tennyson
Fonte: Cybele Fiorotti

quarta-feira, 6 de maio de 2009

NOTAS!!!!

Link interessante sobre o poder dos aromas no varejo.
http://www.riosul.com.br/images/vitrine_aromas.pdf

Site do Sense of Smell Institute
http://www.senseofsmell.org/index.php

Vem aí o Marketing com Perfume

O quinto sentido começou a conquistar os estrategos de marketing. A nova arma secreta
chama-se aromacologia. Nasceu em Nova Iorque há 17 anos mas está a conquistar a Europa
do final de milénio. Um especialista francês lança em Paris O Marketing Olfactivo, o livro
que vai perturbar os responsáveis de marketing e comunicação do Velho Continente.
Com os aromas à mistura surgem os primeiros «logotipos olfactivos» e as primeiras «marcas olfactivas». O objectivo é uma estratégia multisensorial. Veja o que isto tudo quer dizer
e pode fazer para mudar a imagem da sua empresa


Jorge Nascimento Rodrigues com Jean-Marc Lehu, o autor de O Marketing Interactivo, que
a Janela na Web apresentou em primeira mão

O quinto sentido (o olfacto) está a impôr-se como arma secreta de Marketing. Os perfumes começaram a entrar nas estratégias de sensibilização dos consumidores. Mas pretende-se ir muito para além do óbvio, ou seja de criar ambientes de compra com um cheiro no ar agradável que lhe provoque a si o impulso de comprar mais com satisfação. Esse «truque» já era defendido, há mais de vinte e cinco anos, por Philip Kotler, um dos «papas» do marketing, ao falar das «atmosferas» de venda em 1973 (ref. «Atmospherics as a marketing tool», Journal of Retailing).

O marketing de aromas no ponto de venda (pense numa loja de roupa, ou num stand de automóveis, por exemplo) tornou-se então novidade. Inclusive, na Europa, surgiram empresas com soluções à medida, como a Voitino GmbH de Munique (com representação em Portugal).

A ideia agora é mais ousada. Pede ao consumidor que associe, por exemplo, uma dada marca mundial a um dado cheiro agradável e que isso lhe inspire no seu imaginário um conceito de empresa, uma imagem institucional original. Chama-se a isso o marketing «multisensorial», que a par do logotipo e da marca comercial, a que o leitor está habituado, lhe traz no pacote um «logo olfactivo» e uma «marca olfactiva», entidades novas que já procuram a sua expressão legal em termos de propriedade intelectual.


Um animal plurisensorial

Esta abordagem pressupõe que o consumidor é cada vez mais um animal «plurisensorial» no seu comportamento no mercado. Depois da atracção pelo mexer nas coisas (tacto), do deslumbramento com as formas e a cor (vista), da influência agradável da música (ouvido), do fazer crescer água na bôca (gosto), os estrategos do marketing estão a deitar a mão a um novo elemento de diferenciação, o cheiro, naturalmente um cheiro agradável.

A disciplina que sustenta esta nova abordagem dá pelo nome de aromacologia e nasceu em 1982 em Nova Iorque na cabeça de Annette Green, que lidera The Fragrance Foundation, uma entidade criada em 1949 pelos reis da perfumaria mundial (Elizabeth Arden, Guerlain, Helena Rubenstein, Chanel, Weil e Coty), que este ano faz 50 primaveras. Compreende-se que esta invasão dos perfumes em terrenos da gestão e da comunicação seja um factor de multiplicação de negócio no sector. E que procure credibilidade académica também.

A Fundação criou, também 1982, um fundo de investigação designado Olfactory Research Fund que tem financiado a pesquisa científica em hospitais e universidades em torno de temas tão sensíveis (para o mercado), como a influência dos odores no comportamento humano, o efeito na «performance» pessoal, o seu impacto nos homens e mulheres depois dos 40 anos, a sua relação com a memória, e a influência no próprio comportamento das crianças. A pagar os projectos nestas áreas estão multinacionais como a Amway, Avon, Chanel, Conde Nast (edições), Elle Magazine, Helena Rubenstein Foundation, Johnson & Johnson, Donna Karan, Givenchy, Shiseido e Tiffany.

Um dos homens que mais tem feito por este emergência do tema do lado de lá do Atlântico é Alan Hirsch, director do Departamento de Neurologia da Fundação Smell & Taste Treatment, de Chicago, que tornou célebre um teste num espaço de venda da Nike, em que a sala com um aroma bem activo provocou um maior impulso na compra dos «ténis» em comparação com outras salas com outros aromas (um «calmo» e outro «romântico»).

Como os resultados nunca foram integralmente conhecidos, é díficil separar os exageros da realidade, mas o caso criou uma escola de testes. Este médico inclusive tem aplicado a metodologia a outros campos tão bizarros como levar gordos a evitar a comida e a diminuir de peso inalando determinados aromas, o que faria uma séria concorrência ao Dr. Tallon.

Mas os arautos da aromacalogia não querem confusão com os praticantes da aromaterapia. Os primeiros visam o comportamento do consumidor, os últimos tratar-nos da sáude - são segmentos de negócio diferentes.


O cheiro da Air France

O conceito está agora, finalmente, a conquistar a Europa, não só porque se começam a ouvir «rumores» de que algumas grandes empresas do Velho Continente estão a testar esta nova arma secreta (o que lhe revelamos de seguida), mas também porque os académicos de outra das capitais mundiais do perfume, Paris, se têm envolvido activamente na investigação e na teorização da nova disciplina. O lançamento em França, este mês (Abril 1999), de Le Marketing Olfactif (edições LPM), da autoria de uma equipa da Sorbonne (Universidade Paris I, Panteão-Sorbonne) liderada por Jean-Marc Lehu (autor de uma outra obra pioneira sobre o Marketing Interactivo, que o leitor poderá consultar em www.janelanaweb.com/livros/marketinginter.html), é um bom motivo para trazer para a ribalta a discussão desta nova arte do marketing. Um dos casos revelados é o da Air France. Sendo dificil separar o que é «rumor» do que é estratégia assumida, conta-se que está em curso o ensaio de um marketing «multisensorial» que experimente a difusão de aromas através de micro-cápsulas dentro dos aviões que espalhem no ambiente como que um «logo olfactivo», que possa ser complementar ao logotipo e às cores conhecidas desta companhia aérea, e que inclusive adicione a esta identidade visual e perfumada o uso de um dado tema musical. «Por ora, que se saiba, é um simples teste. Como se trata de um meio extremamente secreto, não se sabe até onde vai», comentou-nos o autor.

LER AINDA:

Jean-Marc Lehu sobre o Marketing Interactivo

Aromas em francês
Prudência e Ética recomendam-se

Os autores de O Marketing Olfactivo não deixam de deitar alguma água fria na fervura «americana» do marketing dos aromas. «Os trabalhos mais sérios e mais fiavéis de um ponto de vista científico sobre os aromas vêm das neuro-ciências. Convém, por isso, ser prudente, pois a 'tradução' para o mundo económico não é automática. A prudência é indispensável para não se tirarem conclusões precipitadas para o curto prazo», refere-nos Jean-Marc Lehu (na foto), advertindo para não se «embandeirar em arco». Mexer com a psicologia das pessoas também não é terreno neutro. Há uma questão ética, com que os profissionais do marketing e da comunicação têm de lidar. «A fronteira entre uma ética de marketing que mexe com aromas que podem mudar o nosso comportamento e a derrapagem para a manipulação e a publicidade enganosa pode ser muito ténue», sublinha o nosso interlocutor.
Acresce que há algum vazio legal. Diz-nos Jean-Marc Lehu: «É preciso sublinhar que na legislação francesa, como na europeia, nada está, por agora, especificado quanto aos aromas explorados para fins de marketing. O próprio suporte deste novo tipo de marketing - a molécula olfactiva - não é fácil de enquadrar em termos de propriedade intelectual», o que não impediu, contudo, que um gabinete de consultoria especializada de Paris, Breese & Majerowicz, não tenha já há dois anos depositado a primeira «marca olfactiva» (uma fragrância de Pierre Bourdon, a '1615', com o número oficial de INPI 97/698179), conseguindo ultrapassar a complexidade de aplicação do direito de autor ao cheiro em causa.
Finalmente, resta saber, se com a emergência do comércio electrónico através da Web, o cheiro não se vai perder pelo caminho. «É claro que o cheiro é, por ora, uma arma do mundo físico. A cor e o som (com as novas tecnologias do 'Flash' da Macromedia) estão de volta em força na Internet. Mas deixe-me especular um pouco, para terminar. Não é impossível que a longo prazo se possa projectar um ambiente virtual com uma dimensão olfactiva própria, instalando no utilizador um descodificador reconstituindo

Fonte:http://www.janelanaweb.com/livros/aromas.html

Identidade olfativa - tendência mundial


Assim como uma identidade visual inovadora pode servir de diferencial para uma empresa, a identidade ofaltiva começa a ganhar espaço definitivo no processo de construção de marca. Especialistas em tendências de branding identificaram, no ano passado, que o segmento de identidade ofaltiva cresceria rapidamente, atingindo todo o mundo, e a previsão se realizou.

O olfato é um dos sentidos que, quando estimulado, resulta numa experiência altamente emocional. Como parte do user experience, ou seja, a forma como o ususário/consumidor vivencia a marca e a relação emocional que se constrói a partir dessas experiências, uma identidade olfativa bem construída pode render relacionamentos duradouros com consumidores e atrair consumidores em potencial porque, por exemplo, aquela loja de chocolates tem o mesmo cheirinho da cozinha da sua vó…

A criação de identidades olfativas é comum a algum tempo se considerarmos os perfumes criados para marcas famosas como Carolina Herrera, Dolce & Gabanna e Channel (não, essas marcas glamourosas não criam suas próprias fragrâncias… isso fica a cargo de empresas como a Firmenich). A novidade que se espalhou pelo branding mundial é a inclusão de perfumes tão distintos quanto esses de “grife” nos sistemas de air care de diversos tipos de pontos de venda, desde lojas de tênis até de roupa de cama. Que Glade que nada, o diferencial da marca moderna é ter seu próprio cheiro. A interação visual-olfativa nos pontos de venda resulta em uma experiência sinestésica, emocional e marcante para o consumidor.

Essa tendência já é bem notável no Brasil. A difusão de sistemas de air care, tanto em ambientes residenciais quanto comerciais, promoveu uma evolução no mercado de cheiros e hoje já é comum passear em um shopping center e se deliciar com alguns aromas distintos. A loja de tênis Virus, que revende a marca Converse All Star, criou uma atmosfera tranqüila e energizada com um aroma de baunilha e ar-condicionado refrescante, o qual se repete em todas as suas lojas. Esse é apenas uma de uma série de marcas brasileiras que aderiram à identidade olfativa. Para conhecer outros exemplos basta andar por centros comerciais de olhos e narizes bem abertos.

Mas será que, assim como a carga de informação visual é, muitas vezes, demais para nossos olhos absorverem e nossos cérebros processarem, os cheirinhos de muitas marcas não vão dar um nó no nosso nariz?

É esperar para ver, digo, cheirar.

Fonte:http://linhasesuperficies.wordpress.com/
Março 18, 2008